Ou: a jornada até aqui
Toda caminhada começa com alguns poucos passos. E não é raro que esses primeiros passos não sejam exatamente na direção que será tomada no final. E comigo não foi diferente.
Muito prazer, nobre leitor. Meu nome é Marcos, sou natural de e residente em Belo Horizonte, Minas Gerais, e sou um estudante de ciência de dados e machine learning a mais ou menos 2 anos. Trabalho atualmente na área, mas demorei um monte até chegar aqui.
Computação, tecnologia e ciência sempre foram minhas paixões. Não as únicas, mas talvez as mais fortes. Sempre li e assisti livros e filmes mostrando grandes feitos de cientistas e engenheiros, programadores e inventores e sempre me deslumbrei com isso. Não consigo imaginar um mundo melhor sem o uso massivo dessas ferramentas para mitigar ou acabar de vez com injustiças, dificuldades, misérias e sofrimentos. Pode me chamar de romântico, ou utópico, mas ainda acredito ser possível imaginar (e porque não construir) um futuro onde o trabalho necessário para nossa sobrevivência será mínimo e bem menos sofrido do que hoje. E por conta disso eu sabia que esse seria o caminho que eu trilharia em vida.
Em 2010 eu me formei no ensino médio, em uma escola pública de Contagem, onde eu morava. Sempre estudei em escola pública e nunca fui o aluno mais genial da turma. Mas naquela época, pré vestibular, veio a dúvida: o que cursar? Comecei pensando em várias possibilidades: jogos digitais, ciência da computação, psicologia, matemática, física, história, filosofia... Os caminhos eram muitos, mas pediam uma escolha. E eu acabei escolhendo física. Assim, depois de 1 ano de dedicação ao vestibular, passei no final daquele ano na prova pra cursar física bacharelado na UFMG. Um sonho começando a se tornar realidade, pouco a pouco. Foi um período difícil, suado, mas extremamente gratificante. E sobre essa graduação pretendo escrever mais no futuro, pois foram muitos os aprendizados adquiridos ao longo do tempo.
No meio do caminho acabei mudando levemente a trajetória, indo para física licenciatura, me habilitando para lecionar. E assim foi. Em 2015 eu entrei em uma sala de aula pela primeira vez, não como aluno, mas como professor. E desde o primeiro dia eu vi que tava no caminho certo. Lecionar é uma delícia, e eu estava repleto de sonhos e gratidão pelo ponto em que havia chegado. Mas com o tempo essa gratidão foi minando e se transformando em pequenos incômodos que logo viraram frustrações. E assim, em 2018, eu resolvi que mudaria de carreira.
Comecei estudando por conta própria um pouco de front-end (HTML e CSS), Python e JavaScript. Material pra isso não faltou, e sites como o FreeCodeCamp, Udemy e tantos outros foram se alternando enquanto eu mudava de um tema ao outro ou concluía algum curso ou formação. E assim eu tive o primeiro contato e a certeza que seria ali que seguiria. O próximo passo do plano foi pensar em estruturar o conhecimento e ter alguma validação técnica mais aprofundada e uma nova graduação me pareceu o caminho lógico. E assim, em fevereiro de 2020, eu me inscrevi para o curso de tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas pela UNA Barreiro.
Carregando a experiência de uma graduação e de uma carreira em uma área afim, pulei de cabeça nos estudos e administrei a carreira como professor em uma escola pública e os estudos na faculdade, mas já procurando uma oportunidade na área nova. Até que recebi o convite para me inscrever no programa Next Gen da CI&T, uma empresa da qual eu nunca tinha ouvido falar até então, mas me pareceu interessante. O processo demoraria um ano inteiro, desde a inscrição até a resposta final. Participei sem grandes esperanças, acreditando que conseguiria outro estágio antes da resposta da CI&T. Mas como há males que vem para o bem, acabei não conseguindo. E enquanto procurava em outros lugares, fui fazendo o processo deles em paralelo aos estudos e ao trabalho. E qual não foi minha surpresa quando, no dia 3 de dezembro de 2020, recebo um email confirmando que fui aprovado no processo seletivo! Acho que fiquei uns dois ou três dias comemorando a aprovação, e estou de certa forma comemorando até agora!
Mas esse não é o fim da história, é o começo. Desde que eu entrei pra CI&T (onde ainda estou), a quantidade de tempo dedicada aos estudos só aumentou. Fui focando na área de dados (análise de dados, machine learning e afins), mirando em desenvolver meus conhecimentos teóricos com base nos conhecimentos práticos que eu tenho acesso diariamente no estágio. E assim, alinhando teoria e prática, sigo crescendo na carreira, nos conhecimentos da área e nas possibilidades que ambos oferecem. Mas sobre o restante da história eu falarei depois. Por hoje fico por aqui e até breve!
Em resumo: estudante de escola pública; aprovado no vestibular para física em 2010; graduado em física licenciatura em 2017; atuei como professor de física em escola pública até 2020; graduando em análise e desenvolvimento de sistemas; estagiário na área de dados na CI&T desde fev/2021.
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